Resenha do livro Sem Pistas, de Blake Pierce

Capa do livro.
Bom, hoje eu estou aqui para falar de uma obra incrível do escritor Blake Pierce, que ainda por cima é o seu livro de estréia: sem pistas.
O livro, além de ser o primeiro de Pierce, também é a primeira aventura em um livro de Riley Paige, a agente que resolve os crimes do livro.
A história começa mostrando a cena de um crime onde uma mulher havia sido posta nua ao ar livre com horríveis sinais de brutalidade em seu corpo. O agente Bill entra no caso e descobre que as marcas no corpo da vítima são semelhantes às de um antigo crime.
Para auxiliar no caso, Bill contata Riley Paige (que se recuperava psicologicamente de ter sido vítima de um torturador). Ela deduz, descobrindo que o assassino já fez três vítimas, que ele obcecado por bonecas, e que de certo modo está tentando transformar suas vítimas nelas.
Sem dúvidas o modus operandi do assassino em série é algo original e bem desenvolvido pelo autor. O enfoque dado às vítimas e à seus parentes e cônjuges também é muito bem estruturado e posto na medida certa.
Os conflitos familiares e profissionais enfrentados pela agente Paige são abordados de modo a instigar o leitor a continuar lendo, o que mostra a técnica do autor em prender a atenção. Em pouquíssimos momentos se perde a vontade de se continuar lendo.
Algo bem trabalhado no livro é também a questão da impulsividade de Riley, que nos faz sentir que ela é humana e também comente erros (principalmente ao enfrentar o senador), dando uma verossimilhança à obra.
Algo que incomoda, no entanto, é o modo como convém à agente descobrir certas pistas que praticamente caem de para quedas e quase solucionam o crime. Quem guardaria um cupom fiscal dentro de um diário?
Ainda assim, num contexto geral a obra é autêntica e desenvolvida com maestria por Pierce.
O desenrolar do caso mostra a terrível verdade sobre o assassino e uma história meio que se repetindo com a agente Paige.


Como é dito no livro por um "velho conhecido" da agente, "um monstro de cada vez". Acho que essa frase se aplica à muito de nossas vidas e serve para fazer-nos refletir um tanto sobre nossas atitudes, e é uma boa deixa para o que provavelmente virá no próximo mistério de Riley Paige. 


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