Resumo do livro Assassinato No Expresso do Oriente, de Agatha Christie (ALERTA, ESTA POSTAGEM CONTÉM SPOILERS SOBRE O ENREDO)
O mundialmente famoso detetive Hercule Poirot pretende pegar
um trem de volta à Londres após receber um chamado urgente. Entretanto, o
Expresso do Oriente está lotado, o que é estranho para a época do ano, mas o
detetive consegue embarcar depois do diretor da companhia ferroviária, grande
amigo seu, arranjar-lhe uma cabine que ele acaba dividindo com um outro passageiro.
Capa de nova edição do livro |
No trem, o senhor Ratchett, homem com muitos inimigos, pede
o auxilio de Poirot por estar recebendo bilhetes intimidadores, mas o detetice
recusa o caso.
O Expresso do Oriente fica retido no meio de uma nevasca
durante a noite, e na manhã seguinte o senhor Ratchett é encontrado morto em
sua cabine por 12 golpes perfurantes. O médico à bordo, porém, diz que há algo
estranho pois alguns golpes são profundos e podem ter sido a causa da morte,
enquanto outros quase não passam de meros arranhões. Com isso é levantada a
hipótese de que duas pessoas podem ter cometido o crime, um homem e uma mulher.
Poirot usa um truque e acaba descobrindo em um papel
queimado que o senhor Ratchett é Cassetti, o homem que sequestrou e assassinou
a pequena Daisy Armstrong, filha de uma rica família americana. Em decorrência
do choque pela morte da menina, a senhora Armstrong, que esperava outra
criança, deu a luz, prematuramente, a um bebê morto, sendo que a mãe também
acabou por morrer, e o pai se matou em seguida. Outra mulher também se matou
por conta de a polícia acreditar em seu envolvimento no crime, sendo que apenas
após sua morte a inocência foi confirmada. Casseti, o líder por trás de vários
raptos, acabou por se livrar da prisão por ser rico e ter influência, além de
conhecer segredos de algumas pessoas.
Poirot decidi interrogar os presentes no trem um à um. Ele
fala com o condutor, o secretário e o valete do morto, uma americana tagarela,
uma sueca, uma princesa russa, o conde e a condessa Andrenyi, o coronel
Arbuthnot, o senhor Hardman, um italiano, uma britânica e a dama de companhia
da princesa.
À medida que o detetive contava aos passageiros a verdadeira
identidade do morto e seus atos no passado, cada um deles vai achando mais
merecida a sua morte.
Alguns dos depoimentos mais intrigantes são o da america,
que fala sobre um homem ter entrado em sua cabine, o do senhor Hardman, que
abre o jogo e diz ser de uma Agência de Detetives de Nova York, contratado por
Ratchett e ter recebido ordens para ficar de olho em um homem baixo com voz
afeminada, além do da dama de companhia da princesa, que diz ter esbarrado com
um homem com roupas de condutor que se encaixava nas características do homem
que o senhor Hardman deveria vigiar.
Algumas outras pistas são descorbertas, como a faca do crime
na bagagem da americana, um uniforme da companhia ferroviária sobre as malas da
dama de companhia da princesa, e um robe de seda vermelho com dragões bordados
sobre a mala do detetive Hercule Poirot. Este último fora avistado vestido por
alguém na noite do crime pelo próprio detetive.
Analisadas as pistas e os depoimentos, além de outros
detalhes como uma mancha de tinta no passaporte da condessa, o nome de batismo
da princesa e a verdadeira identidade de alguns passageiros, Poirot propõem
duas soluções aos presentes no trem: a primeira é de que o homem de voz afeminada
entrou no trem, foi à cabine do morto pela da americana e o matou
ardilosamente. Porém há buracos nesta hipótese e nem todos a aceitam. Poirot
então propõem uma outra solução ao crime, entretanto ainda pede que ninguém se
esqueça da primeira. A outra solução trás à tona o passado de todos os
passageiros e do condutor, sendo que todos eles tinham alguma ligação ou eram
parentes da família da pequena Daisy Armstrong, sendo que a americana tagarela
era na verdade a grande atriz Linda Arden, ligada ao assassinato. Ela era a
mãe. A segunda solução é que todos os passageiros e o condutor (ligados ao assassinato da menininha) decidiram vingar
a morte de Daisy e matar o seu assassino, já que o júri não o fez, e foram eles
doze, como em um júri real, por isso os golpes tiveram diferentes intensidades,
pois foram desferidos por doze pessoas diferentes. Se havia alguém inocente
dentre eles era a condessa, sendo que ao invés de utilizar a fórmula usual e
procurar um culpado dentre todos, foi necessário ao detetive fazer o inverso e
achar um inocente no meio de doze culpados. Após esta hipótese, o diretor da
companhia decidi que o melhor seria apresentar a polícia iugoslava a primeira solução, tendo em vista que tudo não se passou de um ato de justiça.
Tendo apresentado sua solução, Poirot desliga-se do caso,
pois seu trabalho havia sido cumprido.
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